Killer Joe é um filme estranho. Sobre gente estranha, bizarra. Já vou avisando, é preciso ter estômago. Uma família americana do Texas que o adjetivo disfuncional não é suficiente para descrever. E que traz como protagonista/antagonista uma figura de autoridade, um detetive, que também é um matador de aluguel e um sujeito perverso até o osso.
Killer Joe é um sopro de criatividade e ousadia na cinematografia recente americana. Não à toa seu realizador é o maldito William Friedkin. Palmas ainda para o roteiro de Tracy Letts, adaptando seu próprio texto teatral. E que texto teatral. No melhor sentido. Sabendo que se trava de um texto de origem teatral, por vezes me peguei imaginando a encenação.


Um mundo insano, incômodo e fascinante. Um mundo de senso de humor sombrio. De perversidade e psicopatia. Estava conversando com um amigo. 'Desde o começo você vê que vai dar merda'. Exato. E ficamos esperando, e querendo mais e aguardando pra ver qual merda vai dar e até onde a merda vai.
Com um terceiro ato que cresce em insanidade a cada diálogo, 'Killer Joe' não é fácil. É um filme bizarro, estrano, sujo, nojento até.
É fantástico.
MEMO: O QUE É A CENA DA COXA DE GALINHA? Ainda estou pasmo.