22/2
The Doors
Abertas as portas
Que se façam as notas
Entre graves e agudos
Abençoados e sortudos
Melodia e semi-tom
Energia em puro som
Do vazio em uma frase
À verdade de uma base
As portas da percepção estão abertas
Convidando às descobertas
Às liberdades mais secretas
O segredo me liberta.
"é necessário devorar leão, ser leão; atacar leão; gritar uma supernova a cada minuto, o amor brilha." Ericson Pires
Encruzilhada
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Filmes e Memorabilia 2013 - O Guerreiro Silencioso e O Homem do Futuro
Com domínio técnico e equilibrando estilo autoral
sem afetação, Nicholas Winding Refn flerta com Terence Malick e Werner Herzog
para criar um pequeno épico viking. Tendo a natureza (em especial a mata, a
água, a névoa e o vento) como um personagem crucial da narrativa, o dinamarquês
aborda a passagem da barbárie para a Idade Média em um filme sujo, denso,
pesado e pessimista, retratando fielmente o estado de coisas da época.
Como os melhores exemplares, é uma obra que exige
do espectador; há signos e possíveis significados lançados à mesa; existe uma
desconstrução do épico medieval para a formação de um filme de reflexão e
sensibilidade, ainda que com seus (bons) momentos de violência gráfica.

MEMO: Particularmente, gosto das cenas do barco na
névoa espessa, uma encenação simples, quase teatral, mas bonita e
claustrofóbica, no tom do restante do filme.
40. O Homem do Futuro – 03/01 – TV

MEMO: João e Helena (Alinne Moraes) cantam Tempo Perdido no palco da
festa na universidade.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 21/02 - Do que me falta
21/2
Do que me falta
Vou dizer que estou assim, meio vazio
Como um homem que se enxerga por um fio
Refém desta tal expressão
Entrando no olho do furacão
Sem ceder, me sobrará memorabilia
No canto da sala, na casa da família
Fazendo o que posso, o suficiente
Ainda de pé, de corpo presente.
Do que me falta
Vou dizer que estou assim, meio vazio
Como um homem que se enxerga por um fio
Refém desta tal expressão
Entrando no olho do furacão
Sem ceder, me sobrará memorabilia
No canto da sala, na casa da família
Fazendo o que posso, o suficiente
Ainda de pé, de corpo presente.
Comentário Babylon by Gus - Volume I - O ano do macaco
Rap; Ritmo e poesia. No caso de Black Alien, muito ritmo, muita poesia.
'Babylon by Gus - Volume I - O ano do macaco' é fascinante e, como Roberto Frejat chegou a declarar, transcendental. Viajando pelo rap e o ragga, Black Alien impõe melodia e eloquência em temas que vão do sensual ao contestador, sempre repleto de rimas sagazes e vocabulário rico, com um sem-número de referências ao seu vasto catálogo de referências culturais.
Nesse clima de mistura e riqueza de sons e melodias, Gustavo canta como se dançasse; rima como se estivesse se esgueirando e surpreende com tiradas inspiradíssimas; e é um grande prazer ouvir o que ele tem a dizer.
Discaço.
Aproveitando o tema, sugiro o documentário 'Mr Niterói - A lírica bereta', filme de Ton Gadioli produzido de forma totalmente independente, que traça a vida de Black Alien, com todas suas polêmicas e controvérsias. O filme completo está disponível no Youtube, link abaixo.
Um poema por dia - 20/02 - O refrão
20/02
O refrão
Meu verso em poesia
Dá valor à tua ação
Um verso por completo
A metade de um refrão
E haveria de dizer tudo
Um estado de amor e confiança
Na música completa, no poema
No refrão não terminado uma lembrança.
O refrão
Meu verso em poesia
Dá valor à tua ação
Um verso por completo
A metade de um refrão
E haveria de dizer tudo
Um estado de amor e confiança
Na música completa, no poema
No refrão não terminado uma lembrança.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Filmes e Memorabilia 2013 - Para Maiores
45. Para Maiores (Movie 43) – 10/02 - Cinema
O nome do filme em português é ‘Para Maiores’. No original,
em inglês, chama-se 'Movie 43'. E este é um alerta para recomendar que NÃO ASSISTAM A
ESSE FILME, em hipótese alguma. Trata-se de uma das piores coisas que já vi na
vida. Sem exageros.


Eu cheguei a considerar contar aqui sobre os segmentos e a ‘trama’
patética que tenta fazer uma ligação entre eles, mas não tenho forças. Quero esquecer de tudo o
mais rápido possível. Fica o registro.
E o alerta.
Um poema por dia 19/2 - Vice-versa
19/2
Vice-versa
Te amo e te odeio
Certeza, meu receio;
Te odeio, mas te quero
Em sonho te espero;
Te quero e me machuco
Me faço de maluco;
Machuco e peço mais
Para ver se encontro paz;
Mais e te mando embora
Pra te pedir de volta alguma hora;
Embora e assim vai meu ano
Te xingo, te odeio, te amo.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Especial Oscar
Comentários sobre os indicados a Melhor Filme.
Assisti a 'Argo' no ano passado, durante o Festival do Rio. Segue o comentário.
Argo é um
bom filme. Ponto. Colocado lá em cima por conta de tempos pouco criativos em
Hollywood, o filme traz a maturidade de Ben Affleck como realizador – ainda que
como ator ele siga inexpressivo. O prólogo que contextualiza a situação no Irã
de forma quase documental (inclusive com as escolhas americanas de apoio ao
ditador Xá Reza Pahlevi) já traz a estética a ser adotada por Affleck, que
filma como se estivesse, de fato, na virada dos anos 70 para 80 e escolhe
atores menos conhecidos para os papéis dos reféns, sempre em busca de uma
representação fidedigna – esteticamente, é preciso dizer.
No entanto,
há de se reforçar que é o ponto de vista americano da crise dos reféns.
Americaníssimo, eu diria. Pois além de trazer apenas um lado da história,
colocando americanos como vítimas do radicalismo islâmico sem questionar (a não
ser em uma breve fala do personagem de Bryan Cranston) o papel dos EUA naquele
país ou a conduta de sua política externa, de forma geral, o filme também
aumenta as dificuldades da missão em solo iraniano de forma a elevar o nível de
tensão. Funciona? Funciona. Mas fica com cara de filme de Hollywood feito por
americanos que seguem olhando apenas para o próprio umbigo.
Apesar dos
excessos, é uma grande história por si só, e um bom filme, bem encenado e que
ainda tem como atrativos as presenças de John Goodman e Alan Arkin, impagáveis.
Abaixo você pode acessar comentários sobre os outros indicados a Melhor Filme.
Indomável Sonhadora - O homem, a terra e uma força da natureza.
A hora mais escura - A tortura retratada neutra está a serviço de quem?
As aventuras de Pi - Uma fábula de visual fantástico. Mas seria o suficiente para discutir a fé?
Lincoln - Spielberg perde a oportunidade de fazer um filme político e ainda resvala no racismo.
O lado bom da vida - Atores salvam o filme da mediocridade.
Os miseráveis - Sobra som, falta silêncio.
Amor - A visita cruel do tempo.
Django Livre - A justiça da arte sobre a História.
A hora mais escura - A tortura retratada neutra está a serviço de quem?
As aventuras de Pi - Uma fábula de visual fantástico. Mas seria o suficiente para discutir a fé?
Lincoln - Spielberg perde a oportunidade de fazer um filme político e ainda resvala no racismo.
O lado bom da vida - Atores salvam o filme da mediocridade.
Os miseráveis - Sobra som, falta silêncio.
Amor - A visita cruel do tempo.
Django Livre - A justiça da arte sobre a História.
Filmes e Memorabilia 2013 - Indomável Sonhadora
54. Indomável Sonhadora – 22/2 – cinema
‘Indomável Sonhadora’ nos oferece um retrato de uma
comunidade pobre, tão à margem da sociedade que parece pertencer a outro tempo,
a uma espécie de futuro apocalíptico. Ancorado em uma concepção estética
fantástica e na verdade de cena evocada por seus (não)atores, o filme fascina
pelo quadro que compõe, sem nunca se aprofundar nas mazelas de seus
protagonistas (um suposto neorrealismo pós-crise não passa perto daqui). Por um
lado, isso poderia despertar críticas por conta de uma super-estetização da
pobreza, mas essa possibilidade é esvaziada uma vez que estamos vendo o mundo pelos
olhos de uma criança.
E que criança. Quvenzhané Wallis, cinco anos de idade (!!!)
quando foi escolhida como protagonista, domina o filme de tal forma que fica
difícil imaginar como seria outra criança ali, ou até se o filme poderia
existir sem ela. Através dos olhos de Hushpuppy, enxergamos aquele grupo de
pessoas vivendo como partes intrínsecas da natureza (como em algum dia foram
todos os homens). Logo atrás da fabulosa Quvenzhané Wallis vem Dwight Henry, um
padeiro da vida real que aqui interpreta seu pai, Wink, alcoólatra mas
preocupado em ensinar para a jovem filha como sobreviver.

MEMO: A cena da festa no prólogo, culminando com Hushpuppy
correndo com fogos sinalizadores (imagem que ilustra o cartaz do filme).
Um poema por dia - 18/02 - O amor em fantasia
18/2
O amor em fantasia
Que venha efêmero, passageiro
esse amor em fantasia;
Incerto, eterno, estrangeiro
Sorriso de mente vazia;
Que acorde luzes, cores no escuro
Amargo sonho, sabor inseguro
Do que não foi, não é, nem pode ser
Que seja feito e satisfeito
Vivo, forte e mais perfeito
E tudo ainda em seu poder
Que uma noite, noite sem defeito
Se faça em leito, de próprio jeito
Meu imaginário de prazer.
O amor em fantasia
Que venha efêmero, passageiro
esse amor em fantasia;
Incerto, eterno, estrangeiro
Sorriso de mente vazia;
Que acorde luzes, cores no escuro
Amargo sonho, sabor inseguro
Do que não foi, não é, nem pode ser
Que seja feito e satisfeito
Vivo, forte e mais perfeito
E tudo ainda em seu poder
Que uma noite, noite sem defeito
Se faça em leito, de próprio jeito
Meu imaginário de prazer.
Filmes e Memorabilia 2013 - A hora mais escura
52. A hora mais escura – 15/02 - cinema
‘A hora mais escura’ assume que agentes americanos
conseguiram através do uso da tortura informações vitais para a localização de
Osama Bin Laden. O simples fato de mostrar essas cenas poderia fazer parecer
que o filme está condenando a prática. Não é o caso. Neste filme, os
torturadores são os mocinhos. Mocinhos sim, pois por mais que realizadores
tentem afirmar que a lógica do filme é imparcial e busca mostrar todos os lados
da caçada a Osama, pra mim, é balela.

O filósofo
esloveno Slavoj Zizek, ao decorrer sobre o filme, colocou a seguinte questão:
‘A serviço de quem está uma representação da tortura que se apresenta como
neutra’? A diretora Kathryn Bigelow afirmara, em carta ao Los Angeles Times,
que ‘representação não é aprovação, elogio’. Zizek, por sua vez, coloca que
‘ninguém precisa ser um moralista, ou ingênuo sobre as urgências da luta contra
ataques terroristas, para pensar que torturar um ser humano é, em si mesmo,
algo tão destruidor que representa-lo de maneira neutra – isto é, neutralizar
este caráter destruidor – é por si uma maneira de apoiá-lo’.

Para um
retrato americano mais honesto sobre a posição do país em sua cruzada contra o
terrorismo, sugiro uma sessão dupla com o documentário ‘Procedimento
Operacional Padrão’, de Errol Morris, sobre os abusos em Abu Ghraib e a ficção
‘Guerra sem cortes’, de Brian De Palma (completo no link abaixo), sobre
assassinatos cometidos por soldados americanos no Iraque.
MEMO: À parte da política, o filme é uma boa fita de ação. E
a sequência da captura de Bin Laden é memorável em sua claustrofobia e
escuridão.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 17/02 - Seu nome
17/2
Seu nome
Você tem meu nome
Agora parta e me abandone
Vá pra longe, se apaixone
Enquanto fico aqui, insone
Na linha traçada de tédio
Por assédio, sem remédio
Por erro e acerto
Restrito ao desconcerto
De ver-te ir
Partindo por partir
Sem se despedir
Leva meu nome e some
Me faz nunca mais dormir
Meu nome roubado num sorrir.
Seu nome
Você tem meu nome
Agora parta e me abandone
Vá pra longe, se apaixone
Enquanto fico aqui, insone
Na linha traçada de tédio
Por assédio, sem remédio
Por erro e acerto
Restrito ao desconcerto
De ver-te ir
Partindo por partir
Sem se despedir
Leva meu nome e some
Me faz nunca mais dormir
Meu nome roubado num sorrir.
Filmes e Memorabilia 2013 - Jorge Mautner - Filho do Holocausto
51. Jorge Mautner – Filho do Holocausto – 14/02
Tentativa bem-sucedida em injetar novidade no popular gênero
do documentário musical brasileiro, ‘Jorge Mautner...’ se junta a um clube de
filmes que souberam como fazer uma biografia de um ícone da música e ao mesmo
tempo fugir dos clichês do gênero. Neste clube, incluo ‘Não estou lá’, de Todd
Haynes, sobre Bob Dylan, e ‘Control’, de Anton Corbijn, sobre Ian Curtis.
.jpg)
Uma verdadeira figura (e pelos registros, sempre foi assim), aos
72 anos, Mautner destila seu talento, sua arte e, em especial, sua alegria
contagiante enquanto recebe amigos, ouve depoimentos e contribui com a
narrativa de sua própria história através de números musicais e leituras de seu
livro, ‘O filho do holocausto’.
Como dizia o trailer deste doc, este é um cara que você tem
que conhecer.
MEMO: Além da performance de Mautner e banda em ‘Maracatu
Atômico’, no início do filme, e dos momentos do artista em conversa com sua
filha, Amora (nomeada com o feminino da palavra ‘amor’!), destaco a emocionante
participação de Gilberto Gil que, cantando com voz e violão (e acompanhado pelo
violão do filho Bem), leva Jorge às lágrimas.
Um poema por dia - 16/02 - O mergulho
16/2
O mergulho
Posso ouvir o barulho
Posso ouvir o mergulho
Entre a multidão de sons da minha tarde
Posso ouvir o mergulho
Me hipnotiza
Me tranquiliza
Posso ouvir o mergulho
Em contínua melodia
Uma breve sinfonia
Ouço e não deixo de ouvir
Ouço e estou maravilhado
Ouço o mergulho a prosseguir
Ouço e estou quase apaixonado
O som se cala, fala o sentimento
Por uma tarde, por um momento
Quase posso ver, posto a imaginar
É meu o mergulho, sou eu a mergulhar.
O mergulho
Posso ouvir o barulho
Posso ouvir o mergulho
Entre a multidão de sons da minha tarde
Posso ouvir o mergulho
Me hipnotiza
Me tranquiliza
Posso ouvir o mergulho
Em contínua melodia
Uma breve sinfonia
Ouço e não deixo de ouvir
Ouço e estou maravilhado
Ouço o mergulho a prosseguir
Ouço e estou quase apaixonado
O som se cala, fala o sentimento
Por uma tarde, por um momento
Quase posso ver, posto a imaginar
É meu o mergulho, sou eu a mergulhar.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 15/02 - Até o novo
15/2
Até o novo
Tentar de novo
De novo errar
Amar de novo
De novo chorar
De novo lutar
De novo sonhar
De novo, de novo, de novo
Caminhar de novo
De novo me perder
De novo me encontrar
De novo, o novo
De novo e de novo.
Até o novo
Tentar de novo
De novo errar
Amar de novo
De novo chorar
De novo lutar
De novo sonhar
De novo, de novo, de novo
Caminhar de novo
De novo me perder
De novo me encontrar
De novo, o novo
De novo e de novo.
Filmes e Memorabilia 2013 - As aventuras de Pi
50. As aventuras de Pi – 13/02


Talvez o visual fantástico e o tom fabular não sejam o
bastante para levantar o questionamento religioso. Acho que possui imagens muito
interessantes (a ideia final também é muito bem sacada), mas aproveitando o
tema do filme, minha fé em Pi não alcança um nível de crença suficiente para
embarcar em suas aventuras de cabeça.
Não li ‘Life of Pi’, de Yann Martel. Mas prefiro ‘Relato de
um náufrago’, de Garcia Márquez...
MEMO: O ‘voo’ da baleia é lindo, mas minha cena favorita é a
sequência do naufrágio, culminando com Pi debaixo d’água, contemplando as luzes
do navio, agora submerso.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 14/02 - Mil
14/02
Mil
Serei mil
Mil vozes, mil corpos, mil almas
Vendo por outros olhares
Por outros lugares
Sentir, sentir e viver
Mil vezes
Como homem, mulher, velho ou criança
Palavra, pensamento, sentimento
Mil vidas
Mil vezes
Serei mil.
Mil
Serei mil
Mil vozes, mil corpos, mil almas
Vendo por outros olhares
Por outros lugares
Sentir, sentir e viver
Mil vezes
Como homem, mulher, velho ou criança
Palavra, pensamento, sentimento
Mil vidas
Mil vezes
Serei mil.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Filmes e Memorabilia 2013 - Lincoln
49. Lincoln – 13/02
Com uma trama histórica interessante e importante para a compreensão
dos EUA e, consequentemente, de questões relacionadas a todo o continente
americano, Steven Spielberg poderia ter feito um filme político, mas não
resistiu à tentação de endeusar e mitificar a figura de Abraham Lincoln. Assim,
em vez de um ser humano falho e complexo num cargo delicado, temos diante de
nós um ‘mito’, um grande homem, de gênio inigualável, que enfrentou tudo e todos, que lutou por uma causa por...
porque era um grande homem.
Apoiado na caracterização impressionante de Daniel Day-Lewis
(um ‘monstro’; como de costume, dá uma aula e faz valer o ingresso) e num elenco que talvez
só alguém de sua importância consiga reunir - Tommy Lee Jones, fabuloso, além
de David Strathairn, James Spader, Hal Holbrook, Joseph Gordon-Levitt, Jackie
Earle Haley, Tim Blake Nelson, entre outros - Spielberg perde a oportunidade de
se aprofundar na questão política da abolição da escravidão para seguir a
‘cartilha’ (que ele ajudou a criar, diga-se de passagem), subindo a música para
emocionar, sem pudor de manipular o espectador. Na cena da votação da emenda, ele quase me pegou. Até que pensei: 'Se todos estão contando os votos, da Câmara aos soldados, pra que o mistério e a demora em revelar o resultado?'. O resultado é a
estranha sensação de 'já vi esses truques antes'. Sorria, você está sendo manipulado.
Não satisfeito, Spielberg ainda cria arcos artificiais e
melodramáticos (todo a história da família de Lincoln, em especial as intervenções de Sally
Field, caricatural e dois tons acima do necessário).

É uma pena ainda que ‘Lincoln’ se inclua no hall dos filmes que
tratam de direitos dos negros com uma visão predominantemente branca (incluo aí
também o deplorável ‘Histórias Cruzadas’), estabelecendo escravos como
‘coitados’ à espera do homem branco que vai salvá-los da escravidão.
Simplesmente lamentável.
E viva Django, explodindo a Casa Grande e fazendo justiça
histórica na ficção!
MEMO: A cena que se passa, se não me engano, na noite
anterior à votação da emenda, em que Lincoln é veemente e fala duro pela
primeira vez com os membros mais próximos de seu gabinete.
Um poema por dia - 13/02 - Blue
13/02
Blue
Did I let you down
Being the only one around
You
Looking in your eyes
Forgot to say goobye
True
Sorry couldn't stay
Wasn't mine to say
Fool
Now I stand alone
Living on my own
Blue
Blue, blue, blue, blue
Without you
Blue, blue, blue, blue
It's sad but it's true
Blue, blue, blue, blue
Yes, I became the fool
Blue, blue, blue, blue.
Blue
Did I let you down
Being the only one around
You
Looking in your eyes
Forgot to say goobye
True
Sorry couldn't stay
Wasn't mine to say
Fool
Now I stand alone
Living on my own
Blue
Blue, blue, blue, blue
Without you
Blue, blue, blue, blue
It's sad but it's true
Blue, blue, blue, blue
Yes, I became the fool
Blue, blue, blue, blue.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 12/02 - Outro
12/02
Outro
Pudera ser
Outro
Sem caminho de casa
Solto
Sem corrente ou amarra
Louco
Sem partida ou chegada
Torto
Caminhante na estrada
Pouco
Vendo mundo outra cara
Porto
Onde ninguém passa e ninguém para
Morto.
Outro
Pudera ser
Outro
Sem caminho de casa
Solto
Sem corrente ou amarra
Louco
Sem partida ou chegada
Torto
Caminhante na estrada
Pouco
Vendo mundo outra cara
Porto
Onde ninguém passa e ninguém para
Morto.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 11/02 - Um poema por dia
11/02
Um poema por DIA
Não tenho o que me grita
Não tenho o que me excita
Não tenho que me agita
Mas tenho a poesia.
Não tenho o que me inspire
Sequer o que me ilumine
Tão pouco o que me define
Mas tenho a poesia.
Posso não ter o que me move
Não tenho o que me aprove
Muito menos o que me sobre
Mas tenho a poesia!
Um poema por DIA
Não tenho o que me grita
Não tenho o que me excita
Não tenho que me agita
Mas tenho a poesia.
Não tenho o que me inspire
Sequer o que me ilumine
Tão pouco o que me define
Mas tenho a poesia.
Posso não ter o que me move
Não tenho o que me aprove
Muito menos o que me sobre
Mas tenho a poesia!
Filmes e Memorabilia 2013 - Qual é o nome do bebê?
43.
Qual é o nome do bebê? – 07/02 – Cinema

Apoiado num texto fluente e num elenco
afiado (encabeçado por Patrick Bruel, carisma puro e, segundo boatos, possível
protagonista do Woody Allen de 2014), ‘Qual é o nome...’ não se mantém apenas
no conflito do título e, na verdade, parte dele para, depois de ter apresentado
e estabelecido cenário e personagens, iniciar a lavagem de roupa suja entre os cinco
amigos (cada um com suas neuroses) sem nunca perder o bom humor.
Não há grandes observações sociais ou questionamentos morais
como nos textos de Yasmina Reza (‘Deus da Carnificina’, adaptado ao cinema por
Roman Polanski; ‘Arte’), mas tão pouco é esta a intenção aqui.
Despretensiosa e leve,
essa comédia ainda ganha muitos pontos por trazer trama e personagens adultos -
ainda que por vezes em estado de ego infantil - sem nunca apelar para o
pastelão ou a escatologia.
MEMO: O momento em que Vincent (Bruel) conta aos amigos o
nome que dará ao filho.
Um poema por dia - 10-02 - Filho do silêncio
10-02
Filho do silêncio
Essa fome que não passa
Essa sede que sufoca
O incerto se disfarça
A incerteza me provoca
Essa ânsia me convoca
Enquanto o medo me transpassa
Teimo o coração, se revolta
Volta a razão e me arrebata
E ainda há a falta, me mal trata
Filho do silêncio, solidão
Vem dúvida, olha e me retrata
Príncipe, poeta, cancioneiro sem refrão.
Filho do silêncio
Essa fome que não passa
Essa sede que sufoca
O incerto se disfarça
A incerteza me provoca
Essa ânsia me convoca
Enquanto o medo me transpassa
Teimo o coração, se revolta
Volta a razão e me arrebata
E ainda há a falta, me mal trata
Filho do silêncio, solidão
Vem dúvida, olha e me retrata
Príncipe, poeta, cancioneiro sem refrão.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 09/02 - O pensamento
09/02
O pensamento
Invento. De próprio tento
Alento e me contento
Com a noção do tempo
De que em algum momento
Me encontrarei sedento
Sempre em movimento
Ainda que lento
Aguento. E aumento
Fomento o mesmo que alimento
Num círculo sem fim de crescimento.
O pensamento
Invento. De próprio tento
Alento e me contento
Com a noção do tempo
De que em algum momento
Me encontrarei sedento
Sempre em movimento
Ainda que lento
Aguento. E aumento
Fomento o mesmo que alimento
Num círculo sem fim de crescimento.
Comentário Mostra 'William Kentridge – fortuna'
Recomendo a
exposição ‘William Kentridge – Fortuna’, em cartaz até amanhã, domingo 17/02,
no Instituto Moreira Salles. Além do fato de que sempre vale a pena ir ao
Instituto, a mostra de Kentridge apresenta um artista expressionista dedicado a
retratar e refletir em seus desenhos (animados ou não) sobre o indivíduo, a sua
África do Sul natal, a guerra e sua própria arte.

Além de
abordar temas mais espinhosos em desenhos animados experimentais, Kentridge
brinca com significados ao pintar formas em páginas de dicionários e não perde
o bom humor ao se entregar à magia do vídeo para fascinar usando a si próprio (uma
figura por vezes quase bonachona) como parte de algumas de suas obras em que desconstrói
a noção de tempo, continuidade e de seu próprio processo artístico.
Instituto
Moreira Salles – Rua Marquês de São Vicente 476, Gávea, Rio de Janeiro – RJ – Telefone:
(21) 3284-7400 – De 11h às 20h, até amanhã, 17/2 – Entrada gratuita.
Filmes e Memorabilia 2013 - O lado bom da vida
43. O lado bom da vida – 08/02 – Cinema
O grande elenco, afiado e dedicado (entre principais
e coadjuvantes), salva o filme da mediocridade.
Buscando enfocar o distúrbio
bipolar com um viés tragicômico – tenho uma tia psicóloga que questionou
veementemente o enfoque dado aos protagonistas – o filme constrói tipos
‘bonitinhos’ e ‘maluquinhos’ que apesar da graça de seus diálogos, hora nenhuma
parecem pertencer ao ‘mundo real’ escolhido pela narrativa como lugar onde a
história acontece.
Bradley Cooper é esforçado e injeta energia em suas cenas,
assim como a carismática Jennifer Lawrence (de apenas 22 anos); Robert De Niro
e Jacki Weaver constroem bons personagens como pais, mesmo com pouco tempo de
cena; Chris Tucker e John Ortiz roubam suas cenas.
E com um elenco destes na ponta dos cascos, 'O lado bom da vida' se entrega a clichês bobos de comédia romântica adolescente e açucarada, equilibra a
balança e se contenta em ser um filme mediano.
MEMO: Se não fizesse parte do rocambole de clichês em que o
filme mergulha no terço final, a dança dos protagonistas poderia ser memorável.
Mas devido às circunstâncias, prefiro escolher o primeiro encontro de Pat e
Tiffany, que termina num acesso de raiva – dela.
Um poema por dia - 08/02 - Pó e mágica
08/02
Pó e mágica
O que somos todos
Senão sombras, pó e mágica
Espalhados por cada pedaço de mundo
Nascidos, vividos de lógica trágica
O senso de sentir
A força que nos move
O medo de cair
A fé que nos revolve
Mais que sobre, mesmo viver
Em sintonia, harmonia
Alegria. De crescer, querer, poder
Ser. A diferença insignificante, energia
Pó. Pó e magia.
Pó e mágica
O que somos todos
Senão sombras, pó e mágica
Espalhados por cada pedaço de mundo
Nascidos, vividos de lógica trágica
O senso de sentir
A força que nos move
O medo de cair
A fé que nos revolve
Mais que sobre, mesmo viver
Em sintonia, harmonia
Alegria. De crescer, querer, poder
Ser. A diferença insignificante, energia
Pó. Pó e magia.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 07/02 - Quem se atreve a me dizer
07/02
"Quem se atreve a me dizer"
E a poesia, o que será?
Mistério jogado no ar
Alguém como tu me dirá
Mera brincadeira de rimar
E irei, sem rima então,
Ou qualquer semelhante
Parto a me lavar a alma
Auto-condenado a criar
Se nunca houve, faço como quero
Com própria lei
Atrás de melodia
Destino das palavras
Escrevendo sons, governando tons
E já me volto a combinar
Pois cá estou pra terminar
E uma vez mais perguntar
E a poesia, o que será?
"Quem se atreve a me dizer"
E a poesia, o que será?
Mistério jogado no ar
Alguém como tu me dirá
Mera brincadeira de rimar
E irei, sem rima então,
Ou qualquer semelhante
Parto a me lavar a alma
Auto-condenado a criar
Se nunca houve, faço como quero
Com própria lei
Atrás de melodia
Destino das palavras
Escrevendo sons, governando tons
E já me volto a combinar
Pois cá estou pra terminar
E uma vez mais perguntar
E a poesia, o que será?
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 06/02 - A figura
06/02
A figura
Por presente põe personagem
Como contente conta coragem
Pr'onde passará a palavra perdida
Quem cantará a canção conhecida?
Convencido, calado, corando cor de cerejeira
Banido, abalado, beirando o abismo
Bandido baleado burlando brincadeira
Contido, quebrado, caminhando comigo.
A figura
Por presente põe personagem
Como contente conta coragem
Pr'onde passará a palavra perdida
Quem cantará a canção conhecida?
Convencido, calado, corando cor de cerejeira
Banido, abalado, beirando o abismo
Bandido baleado burlando brincadeira
Contido, quebrado, caminhando comigo.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 05/02 - Uma breve história de vida
05/02
Uma breve história de vida
Uma breve história de vida
Uma breve história de vida
Uma breve história de vida
Que se faz partida
Pela mais querida
Em fria despedida
Uma história lida
Ou por então ouvida
Sobre a mão incontida
E a alma ferida
Há muito prometida
E por si só dividida
Em meio à colorida
Breve história de vida.
Comentário 'Calabar - O elogio da traição', de Chico Buarque e Ruy Guerra
CALABAR – O
elogio da traição, de Chico Buarque e Ruy Guerra (1973)
Tomando
liberdades propositalmente em cima de um episódio histórico, Chico Buarque e
Ruy Guerra transformam em herói uma figura que sempre foi tida como traidor e misturam
drama e comédia no texto deste saboroso espetáculo musical.
Com a figura
de Calabar pairando sobre a ação – sendo o centro dos acontecimentos e dando
nome à peça, mas sem nunca mostrar o rosto, de fato – o enredo enfoca
governantes holandeses e portugueses, Igreja, colonos e mercenários no nordeste
do Brasil colonial de 1635, tecendo uma teia de traição (por vezes cômica) e
fazendo referências a momentos mais recentes da história do país.

“ Um dia este país há de ser independente. Dos
holandeses, dos espanhóis, dos portugueses... Um dia todos os países poderão
ser independentes, seja do que for. Mas isso requer muito traidor. Muito
Calabar. E não basta enforcar, retalhar, picar... Calabar não morre. Calabar é
cobra-de-vidro. E o povo jura que cobra-de-vidro é uma espécie de lagarto que
quando se corta em dois, três, mil pedaços, facilmente se refaz.” (BUARQUE & GUERRA, 1973:133)
Um poema por dia - 04/02 - O que queremos
04/02
O que queremos
Alguns amores, poucas dores
Que me poupem dos horrores
De me esgotar em sonhadores
Dispersos em vivas cores
Sobre sonatas e sabores
Entre exatas e valores
Candidatas e detratores
Na ânsia de sobrevivermos,
Senhores.
O que queremos
Alguns amores, poucas dores
Que me poupem dos horrores
De me esgotar em sonhadores
Dispersos em vivas cores
Sobre sonatas e sabores
Entre exatas e valores
Candidatas e detratores
Na ânsia de sobrevivermos,
Senhores.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 03/02 - Dou-lhe arte
03/02
Dou-lhe arte
Traz-me ódio
Eu te darei arte
Traz-me dúvida
Eu te darei arte
Meu sonho, minha esperança
Nunca sozinho com meu estandarte
Dá-me tua voz
Enquanto o vento avança
Dou-te a palavra
E até onde ela alcança
Um beijo, um olhar
Uma pena, uma lança
Inventa a memória
Pinta a lembrança
Qual fé, sistema, convicção
Vende sorrir, planta mudar
De boca em boca, libertação
A vida a seguir, a vida a pulsar.
Dou-lhe arte
Traz-me ódio
Eu te darei arte
Traz-me dúvida
Eu te darei arte
Meu sonho, minha esperança
Nunca sozinho com meu estandarte
Dá-me tua voz
Enquanto o vento avança
Dou-te a palavra
E até onde ela alcança
Um beijo, um olhar
Uma pena, uma lança
Inventa a memória
Pinta a lembrança
Qual fé, sistema, convicção
Vende sorrir, planta mudar
De boca em boca, libertação
A vida a seguir, a vida a pulsar.
Filmes e Memorabilia 2013 - Cabra marcado para morrer
42.
Cabra Marcado para Morrer – 05/01 – Internet
Originalmente
um filme de ficção com não-atores que retrataria a vida do militante camponês
João Pedro Teixeira, assassinado enquanto liderava a Liga Camponesa de Sapé na
briga pela Reforça Agrária, ‘Cabra Marcado pra Morrer’ foi interrompido pelo
Golpe Militar de 64. Com a anistia no governo Figueiredo, o mestre Eduardo Coutinho
volta ao nordeste para reencontrar os personagens/atores da história não
filmada e completar o filme como for possível.
Com
um esforço de produção fabuloso, Coutinho produz uma obra semidocumental
contando a história do projeto original, de João Pedro, sua família e outros líderes da região
através de imagens de arquivo, depoimentos e as próprias imagens que se
salvaram do filme de 64. O resultado é uma verdadeira jóia do cinema documental
brasileiro, uma mistura de jornalismo, cinema novo, metalinguagem e
documentário no retrato da militância política no campo, no interior do
nordeste brasileiro, onde nos anos 50 começava a luta pela Reforma Agrária.
MEMO:
Coutinho encontra Elizabete Teixeira, viúva de João Pedro, que por 17 anos
esteve escondida em uma cidadezinha do Rio Grande do Norte, foragida do Regime
Militar.
*O filme completo está disponível no youtube (link abaixo).
Um poema por dia - 02/02 - Religando
02/02
Religando
Qual será a bússola moral
Capaz de dividir o que será em dois
Quem vai me salvar à beira do final?
Quem vai me convencer do que virá depois?
Viver, chorar, sentir, amar
É mais que o bastante, é só o que há
Eu e você, juntos assim
Importa o durante, muito mais que o fim.
Religando
Qual será a bússola moral
Capaz de dividir o que será em dois
Quem vai me salvar à beira do final?
Quem vai me convencer do que virá depois?
Viver, chorar, sentir, amar
É mais que o bastante, é só o que há
Eu e você, juntos assim
Importa o durante, muito mais que o fim.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 01/02 - A sociedade de Eddie
01/02
A sociedade de Eddie
para Chris
Mais
Quer mais
Pensa que precisa, mais
Pensa que isso é vida, mais
Consumindo, consumida, mais
Mais, o bastante não será
Mais, mais espaço, mais lugar
Mais, mais pra me aliviar
Mais, mais, quem sabe, libertar
E mais querer
E mais poder
E mais ser
E mais ter
E querer mais do que ter
E parecer mais do que ser
E esconder mais do que ver
E mais e mais, mais até morrer.
(Para ver a verdadeira sociedade de eddie, clique aqui.)
A sociedade de Eddie
para Chris
Mais
Quer mais
Pensa que precisa, mais
Pensa que isso é vida, mais
Consumindo, consumida, mais
Mais, o bastante não será
Mais, mais espaço, mais lugar
Mais, mais pra me aliviar
Mais, mais, quem sabe, libertar
E mais querer
E mais poder
E mais ser
E mais ter
E querer mais do que ter
E parecer mais do que ser
E esconder mais do que ver
E mais e mais, mais até morrer.
(Para ver a verdadeira sociedade de eddie, clique aqui.)
Um poema por dia - 31/01 - Inspiria
31/01
Inspiria
Inspiração é um barco que corre livre
Corajosa luz na escuridão
Gato encarando tigre
Rio que recusa mansidão
E corre, corre, corre
crendo no futuro desaguar
Ideia que nasce, vive, morre
Sem se saber onde vai parar
Pedra fundamental, partida da construção
Ponte da criação, revolução do olhar
Centelha, mistério da inspiração
Vindo de lugar nenhum, indo pra algum lugar.
Inspiria
Inspiração é um barco que corre livre
Corajosa luz na escuridão
Gato encarando tigre
Rio que recusa mansidão
E corre, corre, corre
crendo no futuro desaguar
Ideia que nasce, vive, morre
Sem se saber onde vai parar
Pedra fundamental, partida da construção
Ponte da criação, revolução do olhar
Centelha, mistério da inspiração
Vindo de lugar nenhum, indo pra algum lugar.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Um poema por dia - 30/01 - Para Pedro
30/01
Para Pedro
De dentro da floresta
O que me resta
Não presta
E ainda assim me testa
Esperando pra ver por qual fresta
SobreviveREI
De forma honesta
Sem ter que ficar pra festa
Longe de quem me detesta
Ou simplesmente me contesta
Por querer outra experiência que não esta.
Para Pedro
De dentro da floresta
O que me resta
Não presta
E ainda assim me testa
Esperando pra ver por qual fresta
SobreviveREI
De forma honesta
Sem ter que ficar pra festa
Longe de quem me detesta
Ou simplesmente me contesta
Por querer outra experiência que não esta.
Um poema por dia - 29/01 - Eva
29/01
Eva
Eva,
Me carrega de volta pra treva
Me esconde, me esquece, me enterra
Acaba comigo, me encerra
Eva,
Me chama e me tira da cama
Me faz levantar para a vida
Me cura essa carne ferida
Me acende a chama perdida
Eva,
Em sonho te peço, te imploro
Te escrevo, te falo, te adoro
Pega minha palavra e constrói
Que a falta de fé me destrói.
Eva
Eva,
Me carrega de volta pra treva
Me esconde, me esquece, me enterra
Acaba comigo, me encerra
Eva,
Me chama e me tira da cama
Me faz levantar para a vida
Me cura essa carne ferida
Me acende a chama perdida
Eva,
Em sonho te peço, te imploro
Te escrevo, te falo, te adoro
Pega minha palavra e constrói
Que a falta de fé me destrói.
Filmes e Memorabilia 2013 - Olhos Azuis
41.
Olhos Azuis – 04/01 – TV - Repetido

*O filme está completo está disponível no youtube, legendado (Link abaixo)
MEMO:
Entre muitos momentos da retórica de Jane destaco:
-
Jane pergunta a um auditório lotado de brancos sobre quem ali se disporia a ser
tratado como um negro é tratado na sociedade americana. Ninguém levanta a mão.
-
O momento em que homens e mulheres negras relatam o estresse por que passam diariamente.
-
Jane dizendo que uma vez uma sobrevivente da Segunda Guerra lhe disse que o
clima de segregação evocado pelo exercício é similar ao instaurado contra os
judeus na Alemanha nazista.
-
Os trechos do documentário ‘Eye of the Storm’, com o exercício sendo feito com
crianças da escola onde Jane lecionava.
-
“Tudo que o opressor/racista precisa para conseguir seu objetivo é que as
pessoas de bem não façam nada. (...) Não fazer nada é colaborar com o
opressor”.
-
(Para uma jovem de olhos azuis) “Seja mais que bonita. Você vai ser bonita até
os 45 anos. Depois, quando quiser uma promoção vão lhe dizer ‘você é bonita,
mas não é qualificada’ e haverá outras tantas mais bonitas que você. Mulheres,
qualifiquem-se! E vocês que gostam de ser chamadas de Deby, Paty, Susy, parem
com isso!”
Um poema por dia - 28/01 - Rastapé
28/01
Rastapé
Morena, esse teu vestido rendado
Não me deixa ficar parado
Rodando doidinho que só
Rodando o vestido, morena, eu te levo
Te agarro, te jogo, te pego
Puxo pra dançar o forró
Morena, vem dançar de rosto colado
Arrastando a sandália no chão
Caindo um pouquinho de lado
Juntinhos, dançando o baião
Vem que a dança boa é de dois
Teu corpo com o meu apertado
Deixa o amanhã pra depois
Balança o vestido rendado
Rastapé
Morena, esse teu vestido rendado
Não me deixa ficar parado
Rodando doidinho que só
Rodando o vestido, morena, eu te levo
Te agarro, te jogo, te pego
Puxo pra dançar o forró
Morena, vem dançar de rosto colado
Arrastando a sandália no chão
Caindo um pouquinho de lado
Juntinhos, dançando o baião
Vem que a dança boa é de dois
Teu corpo com o meu apertado
Deixa o amanhã pra depois
Balança o vestido rendado
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