Encruzilhada

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Um poema por dia - 22/08 - Homens selvagens não tem solidão

22/08

Homens selvagens não tem solidão

A fortuna de seus estragos
O passado dos seus ouvidos
Entre curvas e passos, rasgos
Um buraco no céu ferido

O som dos ratos ao redor da rua
Sapatos gastos pesam sobre o chão
Cavalos escravos escapam à lua
Homens selvagens não tem solidão

Selados no sol, destinos direitos
Malvados, mal-feitos, em repetição
À hora da noite, renascem segredos
Forjados em trevos de revolução

A ruína encontrou soldados
O machado se fez pedido
A verdade perdida em lados
A vontade do esquecido.