22/08
Homens selvagens não tem solidão
A fortuna de seus estragos
O passado dos seus ouvidos
Entre curvas e passos, rasgos
Um buraco no céu ferido
O som dos ratos ao redor da rua
Sapatos gastos pesam sobre o chão
Cavalos escravos escapam à lua
Homens selvagens não tem solidão
Selados no sol, destinos direitos
Malvados, mal-feitos, em repetição
À hora da noite, renascem segredos
Forjados em trevos de revolução
A ruína encontrou soldados
O machado se fez pedido
A verdade perdida em lados
A vontade do esquecido.