andei sozinho
em dia e noite e frio
em terra estrangeira
país desconhecido;
de primeira senti medo
de segunda, desafio
um escuro a me chamar
e eu sabia, no fundo do sentir
que o melhor é mergulhar;
e ao fim desta jornada
encontrei o que não procurava
e o que procurava não tinha lá tanta importância;
encontrei a descoberta
descobri a liberdade
e a liberdade tem um gosto de saber que é só você
e que você se acha, se vira assim,
com você mesmo
e é bom pra caralho.
"é necessário devorar leão, ser leão; atacar leão; gritar uma supernova a cada minuto, o amor brilha." Ericson Pires
Encruzilhada
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
blue reflections of myself in deep water
I thought I could break
inside your head and win your heart when fall apart is a way to say goodbye the
thing you want to keep from die is the one that most is set to free as one
cannot just see how far away the sea alive inside of me yearns and shouts for
clouds to go and say goodnight.
Goodnight.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Senhoras e senhores - O corte final
Se você ama cinema ou se é ao menos curioso, arranje um tempo para assistir a esta pérola.
'Senhoras e Senhores - O corte final' é uma história de amor contada através da história do cinema.
Com um trabalho de decupagem e edição fenomenal, o diretor húngaro György Pálfi monta um painel universal do querer pegando emprestado atores, atrizes e cenas de célebres produções e realizadores pelo mundo.
Assim, Woody Allen se torna Charlie Chaplin, que vira Marlon Brando, e na próxima cena é Marcello Mastroianni. Um homem apaixonado por Scarlett Johansson, que em seguida se torna Ingrid Bergman, e na sequência seguinte é interpretada por Briggite Bardot.
Deixe de ler e assista pra entender e apreciar.
'Senhoras e Senhores - O corte final' é uma história de amor contada através da história do cinema.
Com um trabalho de decupagem e edição fenomenal, o diretor húngaro György Pálfi monta um painel universal do querer pegando emprestado atores, atrizes e cenas de célebres produções e realizadores pelo mundo.
Assim, Woody Allen se torna Charlie Chaplin, que vira Marlon Brando, e na próxima cena é Marcello Mastroianni. Um homem apaixonado por Scarlett Johansson, que em seguida se torna Ingrid Bergman, e na sequência seguinte é interpretada por Briggite Bardot.
Deixe de ler e assista pra entender e apreciar.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Os curtas de Jorge Furtado parte 2
- A Matadeira (1994) –
Com Pedro Cardoso na linha de frente interpretando de Prudente de Morais a Antonio Conselheiro, Furtado relembra, basicamente usando encenações em estúdio, o massacre de Canudos, tendo como fio condutor a chegada de uma máquina de matar a ser usada pelo exército contra o povo.
Furtado encaixa uma pertinente crítica e reflexão ao misturar reconstituição em estúdio com o que parecem ser registros reais de crianças mortas violentamente por agentes do estado (policiais) na atualidade.
- Ângelo anda sumido (1997) –
Totalmente investido na narrativa fictícia, Furtado dirige enquanto divide o roteiro com Rosângela Cortinhas, criando uma história com as dificuldades práticas no reencontro de dois amigos de faculdade numa noite.
Parte 1
Parte 2
- O sanduíche (2000) -
Mais uma vez num estudo de ficção (ao menos até os minutos finais), Furtado escreve um de seus diálogos espertos e dirige uma interessante encenação entre um homem e uma mulher, trabalhando com muita quebra de expectativas e metalinguagem.
* Tentei e tentei, mas não consegui encontrar Rummikub (2007), o trabalho mais recente de Jorge Furtado nos curtas-metragens.
Os curtas de Jorge Furtado parte 1
Vadiando pelo youtube, descobri que quase todos os curtas de Jorge Furtado estão disponíveis. Decidi então reunir tudo em dois posts.
- Temporal (1984) -
- Temporal (1984) -
Baseado numa história de Luis Fernando Veríssimo (‘Temporal na Duque’, não consegui encontrar pra postar aqui), este é o primeiro curta de Jorge Furtado, assinando a direção ao lado de João Pedro Goulart.
Lambuzado de surrealismo, encena a confusão que toma conta de uma casa de família quando, numa mesma noite de chuva torrencial, um pai promove uma reunião de seu grupo fanático cristão enquanto as filhas promovem uma festa à fantasia mucho loca.
- O dia em que Dorival encarou o guarda (1986) –
Tão antigo quanto eu, esta pérola também tem créditos de
direção divididos entre Furtado e João Pedro Goulart e um potencial pop ainda a
ser descoberto pelo grande público (‘Milico e merda pra mim é a mesma coisa!!’).
Apoiado numa presença de cena fantástica do tufão João
Acaiabe (Dorival) e num excelente trabalho de direção de atores, este curta
aborda racismo em uma de suas camadas e ridiculariza o sistema hierárquico do
exército, além de trazer os indícios da singular linguagem cinematográfica de
colagem feita por Furtado.
A história mostra a luta de um preso para conseguir tomar um
banho na cadeia militar. O argumento é do livro de Tabajara Ruas, ‘O amor de
Pedro por João’.
- Barbosa (1988) –
Estrelado por Antonio Fagundes, ‘Barbosa’ mostra como
Furtado conjuga cultura brasileira, cultura pop e estilo cinematográfico para
criar uma peça popular e autoral.
Aqui dividindo a direção com Ana Luiza Azevedo, Furtado se
baseia no livro ‘Anatomia de uma memória’, de Paulo Perdigão, para contar a
história de um homem que volta no tempo para tentar impedir a derrota do Brasil
para o Uruguai na Copa de 50.
- Ilha das Flores (1989) –
Uma obra-prima.
Este filme, escrito e dirigido por Furtado, é um misto de
registro documental, narrativa encenada, análise do sistema capitalista e da
sociedade de consumo.
Sem qualquer indício de pieguice, Jorge Furtado conclui seu
filme de maneira contundente, reforçando sua reflexão acima de tudo, sobre o
modo como vivemos e as relações econômicas mais simples estabelecidas entre os
seres humanos.
Revolucionário em sua linguagem de colagem (uma ferramenta dinâmica
e atual), este é um dos mais importantes capítulos da história do cinema
brasileiro.
Narrado por Paulo José.
Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1990.
- Esta não é a sua vida (1991) –
Furtado aprofunda o lado documentário do seu formato, e
parece se mesclar ao estilo de Eduardo Coutinho em sua abordagem de uma história de gente de verdade escolhida ao acaso para ser contada.
Tudo sem deixar de lado a sua própria autoralidade e a
análise (e reflexão) sobre o modo que vivemos, algo dinâmico, algo fragmentado.
Narrado por José Mayer, escrito e dirigido por Jorge
Furtado.
- Veja bem (1994) –
Experimentando mais com a linguagem de colagem Furtado cria um
roteiro inspirado na poética de dois monstros da literatura brasileira: Carlos
Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.
Mais livre do registro ou do documento, Furtado dirige esta
peça dividida em duas partes: o lado de fora e o lado de dentro, notados como
talvez a percepção e a experiência, com um tecnicismo direto e pragmático na
primeira parte (o texto ‘Jornal de Serviço’, de Drummond) e uma lírica reflexão
na segunda (‘Os Três Mal-Amados’, de João).
sábado, 11 de janeiro de 2014
mural
Pensei que pudesse existir neste momento sem medir o sentimento ou impedir um tormento de cada vez de me chegarem aos ouvidos os lamentos e ruídos mais rugidos de outros tempos e feridos e sedentos por latidos barulhentos na carne do labor que me governa em terra vaga e tenra saga de vagar como correr por ter o que acontecer atrás de si ou algo além deste lugar em que nascer é condenar o curso de escolher mais simples como pagar a herança violenta de alguém que atrás da porta se apresenta o senhor deste penar com a dor no olhar apagado por seus anos mal-tratados planos frágeis fugidios por tão ágeis em lhe escapar às mãos enquanto finge são olhar o por do sol no chão e sorrir em vão por este lado do mundo o peito sangrado num segundo e o animal imundo escorraçado e recolhido então à sombra eterna de um adeus senão.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
10 poemas favoritos - outubro/novembro/dezembro
12/10
A bruta força
Esta noite sonhei que corria
Contra o vento, o tempo e tudo
Sonhei que sonhava com ninfas
Espíritos livres do mundo
Deidades numa luta trançada ao redor de mim
Caminhando pelas paredes do meu quarto
Numa brincadeira entre si, correndo de um lado para o outro
Sonhei que dançava até perder as pernas de tão gastas
Até que o teto desabasse sobre a minha cabeça
E eu ria
E dançava, dançava até morrer
Sonhei com mulheres brincando de serem meninas
Rio em noite azul de lua cheia
Noite cheia
Noite bela
Num jogo de água e espelho
Brincadeira infantil
Seduzir com batom vermelho
Um carinho no rosto
De um amor desconhecido
E eu me jogava
e mergulhava
e caminhava
E a água me seguia
Numa dança impossível
Como se fosse eu seu guia
E eu via
A dança do fim do dia
E chovia
Sonhei que voava
Saltava de um penhasco
E voava
Rompia paredes
E caminhava
Contra o vento, contra o tempo, contra tudo
E não estava só
Sonhei com a luta de um homem
Seu drama
A força bruta da luta humana
E de tão lindo, tão lindo
Não sei se o sonho era sonho
Ou se era vida.
14/10
Dormir não mais
Fantasmas da noite morta
Caminham entre luz e sombra
E névoa
Por rastros de cobiça e treva
Lânguidos, lúgubres
Embebidos no sangue de uma casa
Entre árvores que andam
Espíritos que dançam
A noite de ontem
E repetem seus caminhos
E refazem seus destinos
Passo a passo no terror
Escravos das horas de sempre
Da negra madrugada rubra
De novo e de novo
Despertos de loucura
Em torno da figura
Morta
Atrás da porta
Jaz o segredo do silêncio
Confinadas lá dentro
Almas de outro tempo
Seduzem
As testemunhas de hoje
E o ar se vai, o som se vai
A cama se desfaz;
Nem querer, nem sonhar, nem dormir
Dormir não mais.
A invenção do amor
para Karin
Amor é egoísta invenção
E onde estaria eu sem o meu?
No chão
Caído coração
Perdido
Em queda num abismo escuridão
Meu amor me resgatou
Me amou
Me traçou nova vida
Me levou em seguida
E ainda enquanto procuro um lugar
Ou se penso então em quem vou ser
Sei que perto de ti será
Quero alguém que seja com você
Não aumento, não afago
Amor é invenção egoísta.
Mas como contigo
Com esse amor ao meu lado
Nunca soube como é ser tão amado.
12/12
vida viaja
uma viagem de vida
ou uma vida viagem;
retrato da eterna despedida
canto de uma sempre paisagem
viver em passagem
nesta história concebida;
à beira, beirando a margem
a viagem de uma vida
numa vida que é viagem.
18/12
Canto da beira da estrada
Gatos roubados
Na beira da estrada numerada
Pés cansados;
De cima da calçada
Vê-se o mundo
Passar
Derreter diante do olhar
Com velhas cicatrizes
Queimando
Lembrando outro lugar
Sangrando o velho sonhar;
A ponta da sola do pé em frangalhos
Caminhar, caminhar, caminhar
19/12
Seguir
Sigo sol
Contigo, sigo rei
Rendido
Ao tempo que fora da lei
Ruindo por entre pedras de sal
Tão frágil que nem sei
Pra onde vou;
Sigo farol
Comigo e contigo
Bem-vindo no beijo o refrão
Unido e bandido da fé
Sentido e deitado no chão
Meu amor,
Quanta dor, quanta cor, que visão.
Perto do fim
Quase hora de ir embora
e a demora chora
o fim
e o nascer
pois terminar não é morrer.
Canto Último
o poeta corre
e pra que poesia?
o homem corre
A bruta força
Esta noite sonhei que corria
Contra o vento, o tempo e tudo
Sonhei que sonhava com ninfas
Espíritos livres do mundo
Deidades numa luta trançada ao redor de mim
Caminhando pelas paredes do meu quarto
Numa brincadeira entre si, correndo de um lado para o outro
Sonhei que dançava até perder as pernas de tão gastas
Até que o teto desabasse sobre a minha cabeça
E eu ria
E dançava, dançava até morrer
Sonhei com mulheres brincando de serem meninas
Rio em noite azul de lua cheia
Noite cheia
Noite bela
Num jogo de água e espelho
Brincadeira infantil
Seduzir com batom vermelho
Um carinho no rosto
De um amor desconhecido
E eu me jogava
e mergulhava
e caminhava
E a água me seguia
Numa dança impossível
Como se fosse eu seu guia
E eu via
A dança do fim do dia
E chovia
Sonhei que voava
Saltava de um penhasco
E voava
Rompia paredes
E caminhava
Contra o vento, contra o tempo, contra tudo
E não estava só
Sonhei com a luta de um homem
Seu drama
A força bruta da luta humana
E de tão lindo, tão lindo
Não sei se o sonho era sonho
Ou se era vida.
14/10
Dormir não mais
Fantasmas da noite morta
Caminham entre luz e sombra
E névoa
Por rastros de cobiça e treva
Lânguidos, lúgubres
Embebidos no sangue de uma casa
Entre árvores que andam
Espíritos que dançam
A noite de ontem
E repetem seus caminhos
E refazem seus destinos
Passo a passo no terror
Escravos das horas de sempre
Da negra madrugada rubra
De novo e de novo
Despertos de loucura
Em torno da figura
Morta
Atrás da porta
Jaz o segredo do silêncio
Confinadas lá dentro
Almas de outro tempo
Seduzem
As testemunhas de hoje
E o ar se vai, o som se vai
A cama se desfaz;
Nem querer, nem sonhar, nem dormir
Dormir não mais.
22/10
O dia em que você me disse não
Suas palavras andam num trilho
Um trem que vem na minha direção
Sem aviso viram dedo no gatilho
De uma bala é feita minha escuridão
Enquanto meu ser, roubado de vida
Derrete derramado pelo chão
A carne aberta, ferida
Ainda tem a marca da tua sua mão
O espaço que abriu no peito morto
Tão quando me arrancou o coração
As marcas que deixou pelo meu corpo
No dia em que você me disse não.
O dia em que você me disse não
Suas palavras andam num trilho
Um trem que vem na minha direção
Sem aviso viram dedo no gatilho
De uma bala é feita minha escuridão
Enquanto meu ser, roubado de vida
Derrete derramado pelo chão
A carne aberta, ferida
Ainda tem a marca da tua sua mão
O espaço que abriu no peito morto
Tão quando me arrancou o coração
As marcas que deixou pelo meu corpo
No dia em que você me disse não.
30/10
A dança do fim da noite
De dentro das sombras do fim de um sonho
Espero por um trem
Que me leve em suas luzes
Cruzes deixadas pra trás
Danças e sinais
Caminhando e caindo
No escuro
Enxergando de longe
O futuro
Ruas destruídas
Pelas batidas do som
Sentidas no peito
Paredes em ruínas, teto incinerado
E todos nós, lado a lado
Dançando no fogo, na água, na luz
Até o fim da noite.
A dança do fim da noite
De dentro das sombras do fim de um sonho
Espero por um trem
Que me leve em suas luzes
Cruzes deixadas pra trás
Danças e sinais
Caminhando e caindo
No escuro
Enxergando de longe
O futuro
Ruas destruídas
Pelas batidas do som
Sentidas no peito
Paredes em ruínas, teto incinerado
E todos nós, lado a lado
Dançando no fogo, na água, na luz
Até o fim da noite.
07/11
A invenção do amor
para Karin
Amor é egoísta invenção
E onde estaria eu sem o meu?
No chão
Caído coração
Perdido
Em queda num abismo escuridão
Meu amor me resgatou
Me amou
Me traçou nova vida
Me levou em seguida
E ainda enquanto procuro um lugar
Ou se penso então em quem vou ser
Sei que perto de ti será
Quero alguém que seja com você
Não aumento, não afago
Amor é invenção egoísta.
Mas como contigo
Com esse amor ao meu lado
Nunca soube como é ser tão amado.
12/12
vida viaja
uma viagem de vida
ou uma vida viagem;
retrato da eterna despedida
canto de uma sempre paisagem
viver em passagem
nesta história concebida;
à beira, beirando a margem
a viagem de uma vida
numa vida que é viagem.
18/12
Canto da beira da estrada
Gatos roubados
Na beira da estrada numerada
Pés cansados;
De cima da calçada
Vê-se o mundo
Passar
Derreter diante do olhar
Com velhas cicatrizes
Queimando
Lembrando outro lugar
Sangrando o velho sonhar;
A ponta da sola do pé em frangalhos
Caminhar, caminhar, caminhar
19/12
Seguir
Sigo sol
Contigo, sigo rei
Rendido
Ao tempo que fora da lei
Ruindo por entre pedras de sal
Tão frágil que nem sei
Pra onde vou;
Sigo farol
Comigo e contigo
Bem-vindo no beijo o refrão
Unido e bandido da fé
Sentido e deitado no chão
Meu amor,
Quanta dor, quanta cor, que visão.
30/12
Perto do fim
Quase hora de ir embora
e a demora chora
o fim
e o nascer
pois terminar não é morrer.
31/12
Canto Último
o poeta corre
o homem dorme.
e pra que poesia?
uma por dia
por um dia
todos os dias a alegria
de ser criador
escritor de si mesmo
em versos modestos
e pretensos
intensos
versos imensos
do tamanho que quiseres;
abraços da liberdade
da palavra
poesia para viver
dia a dia
pintar e escrever
a fantasia
e lembrar, e dizer
a melodia
dos verbos
dos nomes
dos fatos
retratos
dos dias desta vida
das vidas deste ano
cantos da madrugada
solitárias noites passadas
esperançoso futuro
luminoso além deste muro;
o salto
o voo
a arte
a poesia do fim do dia.
o homem corre
o poeta agora dorme.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
meu querer
meu querer
Queria ser cantor
Violeiro
Falar a língua da música
Queria ser craque de futebol
Por um dia
Driblar e botar a bola onde quisesse
Queria ser astronauta
Descobridor do espaço
Ver o mundo de fora
Queria ser professor
Mestre
Vivendo de ensinar
Queria ser malandro
Gingando
Papo com lábia e samba no pé
Queria ser boêmio
Aceso na madrugada
Jogado e perdido na mesa do bar
Queria ser mulher
Seduzir e sentir o poder
De aceitar te beijar
Queria ser mãe
Carregá-lo dentro de mim
O maior criar
Queria ser peixe e nadar
Queria ser ave e voar
Queria cachorro e latir
Queria cavalo e correr
Queria ser ídolo
Amor de desconhecido
Amado, invejado, querido
Queria ser tudo
E sou nada
Rabisco ou água passada
Pedra rolada
Sou lamento
Pensamento
Não sou você
Sou apenas querer.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Um poema por dia - 31/12 - Canto Último
31/12
Canto Último
o poeta corre
o homem dorme.
e pra que poesia?
uma por dia
por um dia
todos os dias a alegria
de ser criador
escritor de si mesmo
em versos modestos
e pretensos
intensos
versos imensos
do tamanho que quiseres;
abraços da liberdade
da palavra
poesia para viver
dia a dia
pintar e escrever
a fantasia
e lembrar, e dizer
a melodia
dos verbos
dos nomes
dos fatos
retratos
dos dias desta vida
das vidas deste ano
cantos da madrugada
solitárias noites passadas
esperançoso futuro
luminoso além deste muro;
o salto
o voo
a arte
a poesia do fim do dia.
o homem corre
o poeta agora dorme.
Canto Último
o poeta corre
o homem dorme.
e pra que poesia?
uma por dia
por um dia
todos os dias a alegria
de ser criador
escritor de si mesmo
em versos modestos
e pretensos
intensos
versos imensos
do tamanho que quiseres;
abraços da liberdade
da palavra
poesia para viver
dia a dia
pintar e escrever
a fantasia
e lembrar, e dizer
a melodia
dos verbos
dos nomes
dos fatos
retratos
dos dias desta vida
das vidas deste ano
cantos da madrugada
solitárias noites passadas
esperançoso futuro
luminoso além deste muro;
o salto
o voo
a arte
a poesia do fim do dia.
o homem corre
o poeta agora dorme.
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