Encruzilhada

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domingo, 22 de setembro de 2013

Um poema por dia - 18/09 - Homem caído em noite solitária

18/09

Homem caído em noite solitária

Por que choras, homem grande?
Pelo olho branco da noite?
Te queima, te olha, te mata?
Guerreiro ferido, que pensas?
Queres um pedaço de estrela?
Sentar no muro do infinito,
Ver o tempo se dobrar?
Que te come por dentro?
O imprevisível, o improvável, o impossível?
A chave perdida jogada no mar?
Nunca longe demais ou perto o bastante?
Por onde vais, menino?
Subir a escada virada pro céu?
Vencer a torrente do fim da rua?
Amores não morrem, mas mortos não choram.