18/07
Canto da partida
Esse retrato em preto e branco
Essa figura escurecida
Mostra quem já não é mais
Quem era, quem já se foi
Malas cheias, casa vazia
Coração rasgado, o sangue pulsa
Pelo tempo em que a vida
Tem cara de vida
Pessoal, íntima, grandiosa
Cá está ela, acontecendo
Mudando
Correndo furiosa
Exigindo o controle de suas rédeas
Ou uma jornada desgovernada
Traz uma estranha sensação
Os acontecimentos são uma repetição
Do que já houve, em escalas maiores
É chegado o momento de crescer
O momento de romper
A hora de morrer
A vez de renascer.
Vou. Fui.