43. O lado bom da vida – 08/02 – Cinema
O grande elenco, afiado e dedicado (entre principais
e coadjuvantes), salva o filme da mediocridade.
Buscando enfocar o distúrbio
bipolar com um viés tragicômico – tenho uma tia psicóloga que questionou
veementemente o enfoque dado aos protagonistas – o filme constrói tipos
‘bonitinhos’ e ‘maluquinhos’ que apesar da graça de seus diálogos, hora nenhuma
parecem pertencer ao ‘mundo real’ escolhido pela narrativa como lugar onde a
história acontece.
Bradley Cooper é esforçado e injeta energia em suas cenas,
assim como a carismática Jennifer Lawrence (de apenas 22 anos); Robert De Niro
e Jacki Weaver constroem bons personagens como pais, mesmo com pouco tempo de
cena; Chris Tucker e John Ortiz roubam suas cenas.
E com um elenco destes na ponta dos cascos, 'O lado bom da vida' se entrega a clichês bobos de comédia romântica adolescente e açucarada, equilibra a
balança e se contenta em ser um filme mediano.
MEMO: Se não fizesse parte do rocambole de clichês em que o
filme mergulha no terço final, a dança dos protagonistas poderia ser memorável.
Mas devido às circunstâncias, prefiro escolher o primeiro encontro de Pat e
Tiffany, que termina num acesso de raiva – dela.